14.10.09

Epitáfio

Esses dias estava pensando sobre meu epitáfio. O que escreveriam? “ Emerson Rodrigues: um bom vivant”, “Amou, sonhou e foi feliz”, “Um grande professor, pai de família(tá sei) e amante sem fim”. Mas tais frases, são coisas vazias, apenas para dar uma ar mais gracioso e importante ao um momento de despedia e para todos quanto virem a passar por seu, no caso meu(que horror pensar isso) túmulo. Não que alguém possa não ter sido tudo o que colocam em sua lápide, mas o fato que, seria mais interessante marcar ali toda uma trajetória. Um resumo, algo que de fato pudesse contribuir para algum transeunte naquele momento. Mas será que muitas vezes colocamos epitáfios chavões porque não escrevemos em nossa vida uma história interessante. Afinal de contas, quem nós somos?


Quem sou eu? Quem serei? E em algum momento, quem fui?



Segue então meu epitáfio:



Quantas vezes pensou em ser professor, médico, ator, biomédico. Amou, ah sim, como amou. Amou desesperadamente. Amou co m todas as forças, com toda a insanidade. Foi até o fim. Sem mensurar consequências. Apenas porque acreditou no simples amor. Viveu a fé. E provou que fé é fé e ponto final. Independente de ter sido espírita de umbanda, kardecismo, evangélico, católico ou budista.

Entendeu que não importa o quanto você chorou, afinal chorar faz parte da vida e lágrimas são águas que regam quem tem fé. Plantar com choro, suar enquanto luta, sangrar na batalha torna a vitória ainda mais prazerosa. Sonhou! E como sonhou. Acreditou nas pessoas, na paz e na caridade.

Acreditou nas Júlias, nas Marias, nos Thiagos, nos Pedros. Acreditou também nas divindades, nas palavras e no seu Orkut! Acreditou que podia fazer alguém feliz. Acreditou que ao chegar no fim de sua jornada, tal epitáfio seria escrito e seria significante na vida de quem o ler. Tudo porque Viveu, Sonhou, Acreditou, Amou, foi quem foi e não se envergonhou disso. E hoje agradece o tudo e a todos que passaram por sua vida. Obrigado!

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